“Não adianta passar batom num porquinho” foi a frase usada por Resnick, (2020) para expressar que a mudança na educação não deve acontecer de forma superficial. É pra valer!
Papert, 1994 traz uma parábola sobre cientistas e professores e seus ambientes de trabalho, suas ferramentas que convida a refletir sobre a necessária mudança na educação.
Realmente, o que estamos vivendo não faz sentido se não houver uma mudança. A pergunta é: para qual lado vamos? Qual o melhor caminho a tomar?
Segundo o psicólogo norte-americano que influenciou a educação na década de 60, os professores precisam entender como seus estudantes pensam para poder construir significados, misturando a sua visão de mundo com o que está aprendendo (Bruner, 1996).
Uma das premissas de uma metodologia inovadora são os chamados processos dedutivos e indutivos. Segundo Bacich e Moran (2018), eles se baseiam na curiosidade e buscam a criação de hipóteses para, somente após esse desenvolvimento prático, desenvolver a teoria. Nesse processo, a experiência, o fazer, o praticar são muito importantes para aguçar a curiosidade, dando sentido desse aprendizado ao estudante.
O protagonismo do estudante, a ação-reflexão e a colaboração são outras premissas fundamentais para o desenvolvimento de metodologias inovadoras. (Cavalcanti e Filatro, 2018).
O estudante tem que querer aprender e se sentir grato. A felicidade é um fator de desempenho para a produtividade, o engajamento e a criatividade. (Achor, 2012)
A política pública de Taiwan foi uma das primeiras a incentivar estratégias educacionais que estimulam a criatividade, a divergência e a diversidade no ensino formal, do ensino médio às pós-graduações (Chang et al., 2016).
Agora, existem pessoas que me perguntam, é possível estimular a criatividade na educação online?
Essa foi a minha dissertação do meu mestrado na Universidade de Lisboa e quero fazer essa provocação. O que você pensa a respeito?
Referências:
Achor, S. (2012) O Jeito Harvard de Ser Feliz: O curso mais concorrido da melhor universidade do mundo. (1ª ed.) Saraiva
Bacich L. ; Moran, J.(2017). Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora. (1ª ed.) Penso.
Bruner, J. (1996). The culture of education. Recuperado dezembro 02, 2020, de : https://books.google.com.br/books/about/The_Culture_of_Education.html?id=zciqlT5NFrcC&redir_esc=y
Cavalcanti, C.; Filatro, A. (2019) Metodologias Inov-ativas na educação presencial, a distância e corporativa. (1ª ed.). Saraiva.
Chang, C. P. et al. (2016). The influence of students information literacy competency on Creativity. Retirado de: http://dx.doi.org/10.4236/ce.2016.711160
Papert, S. (1994) A máquina das crianças. Repensando a escola na era da informática. (1ª ed.) Artes Médicas.
Resnick, M. (2020). Jardim de Infância para a vida toda. (1ª ed.) Penso.
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